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Bruno Pimenta: a importância do conhecimento sobre a biodiversidade para a reparação

por | 19/10/2018 | Desastres, Sustentabilidade

Bruno Pimenta é doutor em ciências biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no monitoramento do impacto em biodiversidade, uma área bastante complexa quando se fala da restauração e recuperação da bacia do Rio Doce, pois as informações chegam de todos os lados e é um desafio reuni-las e organizá-las. É necessário entender como o rejeito afetou o solo, as plantas e os animais ao longo do rio para tomar as medidas cabíveis de reparação. Bruno lidera essa área de monitoramento na Fundação Renova.

Em conversa com Roberto, na série Diálogos: No Caminho da Reparação, Bruno explica que são feitos três tipos de monitoramento na bacia: da fauna e flora terrestre, da fauna e flora do Rio Doce e seus afluentes e também da vida marinha. O trabalho envolve mais de 700 pessoas. “O grande objetivo é entender o que aconteceu, avaliar o impacto e definir o que fazer para que tal impacto seja reduzido ou pare de existir”, diz ele. As repostas serão muitas, porque os impactos foram diferentes.

Um dos desafios é fazer a diferenciação do impacto que já existia antes do rompimento da barragem do Fundão e do que aconteceu depois. O rompimento, explica Bruno, “pode ter potencializado o que já existia ou agido em conjunto com o que já existia”.

O impacto das atividades humanas, como desmatamentos e falta de coleta e tratamento de esgoto, bem como a mudança da ocupação do território após o rompimento da barragem, também são elementos a serem considerados nesse trabalho.

A série Diálogos foi publicada pela Fundação Renova em 2018 e 2019, na época em que Roberto S. Waack era diretor presidente da entidade. Assista a todos os vídeos aqui.

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

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