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Debate | Riscos e impactos do ESG

por | 19/08/2021 | Estratégias, Externalidades

Os riscos e oportunidades do ESG e as vantagens que ele traz para aumentar o valor dos negócios foram temas do 1º Fórum LIDE ESG, realizado pelo Grupo de Lideranças Empresariais (LIDE), no dia 3 de agosto. Roberto Waack participou do primeiro painel do evento, “ESG: Riscos e Impactos”, junto com André Chaves, gerente geral de Sustentabilidade da Usiminas, e Fernando José Costa, secretário da Justiça e da Cidadania do Estado de São Paulo.

Ao lembrar que o desafio do ESG é “fazer com que essas três letras conversem entre si”, Roberto afirmou que essa conversa acontece no campo das externalidades, que são os impactos das atividades de uma organização que não estão diretamente relacionados ao seu objetivo fim, mas que são sentidos pela sociedade. São aspectos que normalmente não são incorporados nos modelos de gestão e nem sempre são simples de serem identificados.

“Quem diz quais são as externalidades de uma empresa é a sociedade. Uma das grandes dificuldades é como interagir com a sociedade para que se identifique como ela é afetada por aquilo que as organizações fazem”, afirmou. Movimentos e redes, como a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e Uma Concertação pela Amazônia, são exemplos de espaços em que a sociedade debate e vai identificando essas externalidades, explicou Roberto.

Após a identificação das externalidades, resta o desafio de dar valor a elas. “Um exemplo é a biodiversidade. Provavelmente não é possível monetizar a biodiversidade, e talvez nem isso seja um objetivo. Mas esse é um dos grandes dilemas: como traduzir valores que não são monetizáveis em valor para as organizações”, afirmou. O que já é monetizável são elementos como emissão de gases de efeito estufa e consumo de água.

Esse cenário, vale lembrar, leva a oportunidades. “Vivemos uma fronteira de novos modelos de negócio, em que muitos vão se pautar na produção de externalidades positivas. O mundo do ESG, no fundo, é um mundo de oportunidades, que pode ser muito interessante e ser traduzido em efeitos positivos para a sociedade como um todo”, concluiu.

O painel do qual Roberto ocorreu na parte da manhã do Fórum. Assista esse trecho aqui (começa em 32´38’’).

 

[Foto: Iva Castro/Pixabay]

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

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