A correlação entre finanças e clima foi objeto de discussão de fóruns como a Cúpula da Amazônia e de painéis da Climate Week, em Nova York, neste ano. É preciso refletir sobre a diversidade de visões sobre esse assunto para que ele avance na economia real. Para começar, há o caráter de invisibilidade de grandes partes das finanças que tratam de bens ou serviços providos pela natureza.
É disso que trata o artigo publicado no jornal Valor Econômico, em 25 de outubro de 2023, por Roberto Waack, conselheiro do Instituto Arapyau, Marfrig, Wise Plasticos e outras organizações; Ana Yang, diretora do Sustainability Accelerator da Chatham House; e Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e autoridade global em mudanças do clima.
Segundo os autores, o setor financeiro tem sido demandado por informações sobre efeitos negativos na natureza causadas por empresas em que elas investem ou a quem concedem crédito, fazendo emergir debates em torno da gestão de risco, em especial de caráter reputacional e, também, cada vez mais, de litigância climática.
“O desafio que se apresenta é a abordagem chamada de positiva, centrada na escolha e indução de investimentos que tenham impacto positivo no capital natural”, escrevem.
O ponto central, afirmam os autores, parece ser o impreciso conceito de valor, mas é urgente tornar o valor da natureza mais visível. É preciso pavimentar o caminho para que, apesar da imprecisão, a invisibilidade no campo econômico-financeiro se dissipe, e esse processo passará por um alargamento do que se entende, nesse sistema, por valor e valoração.
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[Foto: Matt Seymour/Unsplash]