As expectativas para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontece em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, e o papel do Brasil nas negociações são o tema de entrevista de Roberto Waack para o jornal O Estado de S.Paulo, publicada em 29 de novembro.
Para Roberto, o Brasil deverá participar da conferência com uma “narrativa de um país que tem um protagonismo, que tem um papel relevante, que está fazendo a lição de casa e que vai cobrar o mundo e com uma voz retumbante”. E um dos itens que serão cobrados será o de recursos para os países em desenvolvimento e vulneráveis, como o fundo de perdas e danos.
Os sistemas alimentares serão um dos principais temas da conferência, e o Brasil tem muito a dizer, na opinião de Roberto, por conseguir produzir alimentos com baixo carbono. Porém, o país precisa acabar com o desmatamento, alerta.
Esta COP será, ainda, marcada por ambiguidades. Por isso, Roberto acredita que haverá frustração e uma pressão muito grande para que esse jogo mude. O Brasil será cobrado por isso, por dois motivos: porque estará à frente do G20 em 2024 e porque será o anfitrião da COP 30, em 2025, que acontecerá em Belém, no Pará.
Roberto também destaca que temas como justiça social e climática deverá aparecer nesta COP. Com relação às empresas, o setor privado entende que precisa agir independentemente das negociações da conferência, e deverá participar da conferência para mostrar suas estratégias e buscar investimentos.
A entrevista também marcou o início da participação de Roberto como colunista da editoria de Economia do Estadão. Leia aqui.
[Foto: COP28 UAE/Flickr]