Diante dos recursos naturais cada vez mais escassos e dos impactos ineroxáveis das mudanças climáticas em curso, o setor privado reage para incorporar o capital natural nas estratégias empresariais e modelos de negócio.
Em entrevista ao podcast CarbonCast, Roberto S. Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú, afirma que já está claro que o mundo caminha para valorização e valoração do capital natural.
As empresas estão entrando nessa agenda, afirma, de diferentes formas. Uma delas é reduzir impactos, e para esse objetivo entram ações como rastreabilidade e seleção de fornecedores que sejam mais sustentáveis. A outra frente é a das oportunidades que surgem de investimentos que colocam a natureza ao centro.
Um exemplo é a restauração florestal, que ganha cada vez mais atenção nacional e internacional. Ela pode ser feitas de várias formas, ao longo de um contínuo florestal, que vai da conservação de florestas existentes à monocultura de árvores. “Tudo isso é melhor do que manter as áreas degradadas”, afirma Roberto.
Na entrevista, Roberto também fala de dois documentos que foram lançados, em setembro, na Climate Week de Nova York: “Ações pré-competitivas empresariais em restauração florestal no Brasil” e “Uma contribuição para o reflorestamento com espécies nativas no Brasil”. Juntas, essas publicações, elaboradas sob a coordenação de Roberto, tratam de dois temas essenciais para a valoração do capital natural, que é o de pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento de mercados, como os de créditos de carbono e o de madeira tropical.
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[Foto: onehundredseventyfive/Pixabay]