Uma nova publicação da Chatham House, uma das principais instituições geopolíticas do mundo imersa no universo de estratégias para promover a sustentabilidade, avalia como a colaboração estratégica em torno da agenda da bioeconomia pode contribuir para alavancar ações pelo clima e pela natureza.
O estudo, institulado “How strategic collaboration on the bioeconomy can boost climate and nature action“, com o qual Roberto S. Waack colaborou, é assinado por Ana Yang, Henry Throp e Suzannah Sherman. Yang é diretora executiva da Sustainability Accelerator, iniciativa da Environment and Society Centre, da Chatham House. Throp e Sherman são pesquisadores associados da mesma instituição.
O documento destaca que, apesar da energia política, comercial e de pesquisas que vem sendo investida na bioeconomia, a mudança para cadeias de valor de base biológica é prejudicada pela fragmentação entre setores dessa atividade, políticas e a forma como as inovações são implementadas.
Para os autores, uma abordagem colaborativa, que considere as compensações (trade-offs) da bioeconomia, é necessária para gerenciar inovações e eventuais conflitos. Além disso, os fóruns internacionais, como o G20 e as conferências do clima da ONU, podem contribuir para uma melhor coordenação entre setores público e privado.
Passos pragmáticos para melhorar a cooperação e coordenação na bioeconomia incluem formas de unir países com papeis complementares, facilitar iniciativas pré-competitivas e colaborações entre representantes do setor privado e criar estruturas de tomadas de decisão que combinem evidências tecnológicas e políticas.
O research paper foi publicado em outubro de 2024. Acesse aqui.
[Foto: Ron Lach/Pexels]