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Publicação discute ações do setor empresarial pela restauração florestal

por | 29/10/2024 | Estratégias, Mudanças climáticas

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas têm o potencial de mitigar entre 4,1 e 6,5 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente até 2030. O órgão da ONU também afirma que a conservação florestal, o manejo sustentável e as práticas de restauração podem responder por até 30% das medidas de mitigação disponíveis na próxima década.

Por isso, a restauração florestal se apresenta como uma ferramenta essencial para responder à crise climática. E o Brasil, com seu conhecimento em modelos diversos de reflorestamento, como sistemas agroflorestais e silvicultura de espécies nativas, pode contribuir com essa remoção de carbono da atmosfera.

No entanto, é preciso atuar pelo desenvolvimento de um cenário que favoreça e impulsione a realização dessa atividade em larga escala.

A publicação “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil”, lançada no Brazil Climate Summit, evento paralelo à Climate Week de Nova York, em setembro de 2024, avalia justamente os necessários avanços no ambiente institucional, de forma que a restauração se transforme em uma agenda robusta e atraente para investimentos.

A obra é resultado de discussões do encontro do setor empresarial em torno da restauração florestal no Brasil, com a participação de: Belterra, Biofílica, Biomas, EB Capital, IPÊ, Itaú, Itaúsa, Leste, Maraé, Marfrig, Mombak, Pátria, Rabobank, re.green, Safra, Santander, Suzano, Symbiosis, UBS e Vale.

Roberto Waack e Vinicius Ahmar foram os responsáveis pela coordenação do documento, que contou, ainda, com o apoio do Instituto Arapyaú e André Luiz Ferreira, consultor do mesmo instituto. O conteúdo é bilingue, em português e em inglês.

As dimensões continentais e as condições climáticas, diversidade de espécies e conhecimento sobre atividades florestais tornam o Brasil capaz de ocupar a liderança em uma economia baseada em florestas sustentáveis e iniciativas de restauração, afirma a obra.

Para isso, é preciso avançar em temas como formação de mercado, governança, padronização de operações, aspectos fiscais e tributários, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e advocacy, sempre promovendo a cooperação com políticas públicas e em consonância com as ambições climáticas assumidas pelo Brasil. A publicação aborda as principais questões e oportunidades e a forma pela qual o setor privado pode contribuir em cada uma delas.

Acesse a publicação “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil” aqui.

Além desse documento, também foi lançada, na Climate Week, a publicação “Uma Contribuição para o Reflorestamento com Espécies Nativas no Brasil” (saiba mais aqui).

O jornal Valor Econômico publicou matéria falando do lançamento das duas obras.

[Foto: Agência Brasil]

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

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