Escolha uma Página

As afinidades climáticas eletivas

por | 03/02/2025 | Amazônia, Estratégias, Mudanças climáticas

Assim como o romance “As afinidades climáticas”, de Goethe, retrata com imensa sutileza o conflito que surge entre paixão e razão, a atração pelo tema climático, pela Amazônia, pela agenda ESG e pelos recursos naturais, como sói acontecer com paixões, conflita atrozmente com a racionalidade. Em artigo publicado no Estadão em 30 de janeiro, Roberto Waack analisa como esses assuntos, ou personagens, entraram nas casas empresariais, financeiras, governamentais e filantrópicas, e os impactos disso.

Analistas de risco colocam as mudanças climáticas entre as principais ameaças corporativas no curto prazo. Esse é um fato novo indicado no último relatório do Fórum Econômico Mundial. Nesse cenário, emoções conflitantes e ruidosas afloram nas abordagens sobre métricas e monetização de ativos naturais. Seja como for, afirma o autor, o capital natural deverá ter, no futuro, valor econômico maior do que tem hoje.

Roberto avalia que as estratégias empresariais podem ser organizadas em quatro grupos. Um é o trumpista, em que as empresas aderem integralmente à proposta do presidente americano de negacionismo climático. Um segundo grupo reúne empresas, como alguns atores do mercado financeiro e vários do setor de tecnologia digital, que aderem publicamente à narrativa do líder americano, mas mantêm um olhar atento às questões climáticas.

O outro grupo, provavelmente com o maior número de empresas, é formado por aquelas que exercem o chamado green hushing. E, finalmente, há o grupo que leva os riscos ambientais a sério, incluindo seguradoras, que elabora estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

Em meio a paixões e racionalizações, as afinidades eleitas nesses tempos obscuros e incertos serão determinantes para a sobrevivência de empresas e sistemas políticos, avalia Roberto.

Confira o artigo na íntegra aqui.

[Foto: Pedro Guerreiro/Ag Pará]

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

CATEGORIAS

TAGS

©2020 Roberto S. Waack O conteúdo deste blog é original e está protegido por direitos autorais. Você pode citá-lo desde que dê o devido crédito.