Em artigo publicado no Estadão, em 27 de fevereiro de 2025, Roberto Waack analisa as contradições em termos de imagem que o Brasil tem no exterior e exemplos de esforços que ajudam a construir uma apresentação mais positiva, em que o país pode se mostrar como um provedor de soluções climáticas para o mundo.
Se, de um lado, existe a percepção de que o Brasil não cuida dos seus recursos naturais, que sofrem com desmatamento, degradação ambiental, garimpo ilegal e mesmo o narcotráfico, de outro há uma narrativa que ainda não se firmou. “O que não está consolidada é uma percepção internacional compatível com a relevância econômica, tecnológica, comercial e ambiental de setores, por exemplo, de commodities, da mineração e energia do País”, afirma Roberto.
Em meio a jogos de poder geopolítico, há oportunidade para o Brasil firmar como líder nos campos da transição energética e da segurança alimentar e sua conexão com a crescente atenção ao capital natural e clima. O tema é exaustivamente comentado, em antecipação à próxima Conferência do Clima (COP 30), que ocorrerá em novembro, em Belém. No entanto, é preciso resolver as contradições nacionais.
No setor do agronegócio, entidades e lideranças empresariais poderiam apresentar os impactos positivos que proporcionam ao planeta, como a proteção de grandes extensões de áreas de preservação florestal, em conformidade com o Código Florestal. “Este, por si só, é um caso único de solução para o uso integrado da terra, que alia produção e conservação”, escreve.
Há casos como o do suco de laranja e, mais recentemente, da macaúba, que reforçam o soft power brasileiro, associando posicionamento comercial, produção em grande escala, recursos naturais e agenda climática. O etanol e a carne bovina também têm atuado para superar as barreiras reputacionais.
O artigo apresenta o trabalho da GBrasil, criada por mulheres de uma família do norte do Mato Grosso, que por anos enfrentou o desafio de unir o binômio conservar e produzir. A empresa se dedica à construção de novas narrativas, que promovam o agronegócio e o país. Este ainda precisa conseguir se apresentar como o provedor de soluções efetivas para o contexto climático atual.
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[Foto: Usina de energia eólica em Icaraí (CE). Divulgação/Ari Versiani/PAC/Agência Brasil]