Roberto Waack assina artigo publicado pela Chatham House, como membro de Conselho do Instituto Arapyaú e da Marfrig, sobre bioeconomia e Soluções Baseadas na Natureza (SBN), ao lado de Anna Yang, diretora-executiva da Sustainability Accelerator da Chatham House; Henry Throp, analista de pesquisas da Sustainability Accelerator; e Suzannah Sherman, pesquisadora associada também da Sustainability Accelerator.
O artigo, publicado em março de 2023 e intitulado “How forest bioeconomies can support nature-based solutions”, afirma que é preciso aumentar o investimento em SBN para fazer frente à perda da biodiversidade e às mudanças climáticas. Tais soluções são aquelas, destacam os autores, que trazem benefícios sociais e ecológicos por meio da conservação, manejo e restauração de ecossistemas.
Salientam, ainda, que, embora ainda existam dúvidas do setor financeiro com relação às SBN, o setor florestal já tem histórico de investimentos recebidos que pode ajudar a diminuir esse gap e pode contribuir para a mudança para uma bioeconomia global com uso de materiais de origem biológica e renováveis no lugar de combustíveis fósseis.
Nesse cenário, avalia o artigo, é preciso dar atenção a uma possível “crise de terras” (“land crunch”) decorrente do aumento da demanda de biomateriais. Essa pressão sobre terras, no entanto, pode ser mitigada com a rápida descarbonização dos setores de indústria e energia. Além disso, o setor florestal pode ser uma forma de reduzir também a pressão sobre terras, ao prover soluções de longo prazo para restauração florestal e oportunidades para geração de renda.
Os autores propõem que exercícios de modelagem de uso da terra podem ajudar a quantificar resultados de mercado, ambientais e sociais para demanda futura e cenários tecnológicos na bioeconomia. Esse tipo de análise contribui para identificar políticas, investimentos e inovações que apoiem o dimensionamento, o ganho de escala e a integridade socioambiental das soluções baseadas na natureza no setor florestal.
[Foto: Jen Theodore/Unsplash]
