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Debate | A Amazônia como caminho para o futuro e o setor privado como uma força para o bem

por | 20/11/2021 | Amazônia, Mudanças climáticas

A Amazônia, o valor da floresta em pé, a biodiversidade e o quanto o setor privado depende da natureza para prosperar foram temas do evento “Amazonia is the way to our future: business as a force for good”, realizado no Global Landscapes Forum – GLF Climate em Glasgow, no dia 7 de novembro. O evento aconteceu na Universidade de Glasgow, em paralelo à COP 26 do Clima.

Roberto Waack, um dos fundadores da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, foi um dos debatedores do painel, junto com Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro pelo Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Lucy Coast, diretora de Comunicação do Business For Nature, Karen Oliveira, gerente de relações institucionais da The Nature Conservancy (TNC), e Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. A moderação foi de Andrea Alvares, que está à frente da área de Marca, Inovação, Internacional e Sustentabilidade da Natura.

Roberto destacou que não há como encontrar soluções para o desafio da regeneração e da conservação sem a participação do setor privado, e que isso se refere também à Amazônia. “O engajamento do setor privado é crucial. É por isso que, há 18 meses, empreendedores e líderes empresariais participaram da criação da Uma Concertação pela Amazônia”, explicou. “A ideia é mergulhar na complexidade da região. Sem abraçar essa complexidade, não há como avançar”.

Quando se acolhe a heterogeneidade da Amazônia, explicou, encontram-se quatro situações: as áreas intactas, as áreas em transição (“Embora não gostemos desse nome, porque não queremos que isso aconteça”), as áreas convertidas e as áreas urbanas. Para cada uma, afirmou, é preciso haver uma visão de desenvolvimento, sem deixar de lado aspectos culturais e sociais.

Os debatedores abordaram, ainda, tópicos relacionados a desmatamento, a relevância da integração dos debates em torno do clima e da biodiversidade, o papel dos povos indígenas e comunidades tradicionais e a importância de os governos emitirem sinais claros para que o setor privado possa investir na transformação de modelos de negócios.

O painel contou ainda com a participação especial da ativista indígena Samela Sateré Mawé, que apresentou, entre as principais demandas dos povos indígenas presentes na COP,  a demarcação das terras indígenas e a necessidade de incluir esses povos nos espaços de tomadas de decisão. “Nada por nós, sem nós”, afirmou.

Assista ao painel completo:

 

[Foto: Roberto Waack]

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

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