Nos últimos meses de 2024, aconteceram a COP 16 da Biodiversidade, a COP 29 do Clima e a Cúpula de Líderes do G20. Apesar das frustrantes decisões da diplomacia multilateral, estas não representam o todo dos movimentos que estão ocorrendo no campo ambiental.
Em todos esses eventos, a sociedade civil participou de forma intensa e contributiva, alavancada pela filantropia, afirma Roberto Waack em artigo publicado no jornal Estadão, em 3 de dezembro.
O papel da filantropia, diz Roberto, “tem sido central na geração e disponibilização de conhecimentos, no desenho de estratégias de políticas públicas e privadas, na incubação de iniciativas tecnológicas e, muito especialmente, no fortalecimento de redes multissetoriais (por exemplo, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, a Concertação pela Amazônia e o MapBiomas, entre outras)”.
A complexidade de questões como a crise climática, transições energética e alimentar e poluição plástica dos oceanos, evidencia os “chamados problemas indomáveis”, ou “wicked problems”. No artigo, Roberto explica as principais características dos problemas indomáveis. Por exemplo, não há formulação definitiva para os problemas, tampouco uma única solução. Além disso, são situações que afetam múltiplos ‘stakeholders’, com agendas distintas e comumente conflitantes.
E, diante da falta de liderança no multilateralismo e nos governos para implementar as mudanças institucionais necessárias para lidar com os temas complexos, o papel da sociedade civil tem sido de grande relevância, pois tem maior liberdade para lidar com a harmonização do conhecimento e emoção, razão e sensibilidade. E a filantropia é importante fornecedora de recursos financeiros para geração e disseminação de conhecimentos sobre questões ambientais e sociais.
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[Foto: Posto de combustível flutuante para barcos encalhado na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, devido ao nível baixo do rio Igarapé Tarumã-açu. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil]