Em artigo publicado no Jornal Valor Econômico de 21 de agosto de 2023, Izabella Teixeira, copresidente do International Resource Panel da ONU e senior fellow de Mudança do Clima e Uso do Solo do Cebri, Paulo Pianez, diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Marfrig, e Roberto S. Waack, membro do Conselho de Administração da Marfrig e do Instituto Arapyaú, apresentam a importância da coordenação entre diferentes atores das cadeias de alimentos, em especial da carne bovina, para que o país implemente ações para se consolidar como o maior produtor global de alimentos e produtos verdes.
Ser líder na produção de alimentos, alinhado a menor impacto ambiental, baixa emissão de carbono e alinhado ao compromisso do governo federal de erradicar a fome e a pobreza, no entanto, não é algo trivial. Os autores reforçam a importância de aumentar a produtividade e promover a rastreabilidade, mas sob uma nova abordagem, que é a inclusão dos pequenos fornecedores.
“A exclusão de produtores não se mostrou suficiente para conciliar produção com a conservação da biodiversidade. Na verdade, causou assimetrias no setor, criando um mercado com critérios socioambientais mais exigentes e outro mais permeável. Para uma transformação efetiva no setor agropecuário, é preciso que ela seja sistêmica, envolvendo todos os elos.”
Os autores apontam as principais ações necessárias para aumentar produtividade e promover rastreabilidade dos produtos, em especial na cadeia produtiva da carne bovina, citando, como exemplo, assistência técnica, inovação e tecnologia para melhor nutrição do gado, além da importância de maior engajamento do sistema financeiro.
Também abordam a proposta, que já existe, de unir as informações da Guia de Transporte Animal (GTA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para rastrear os produtos.
Com ações que unam uso eficiente de recursos naturais, produtividade, eficiência e inclusão, o Brasil poderá ser cada vez mais respeitado em fóruns globais estratégicos, em especial aqueles dos quais será anfitrião: a reunião do G-20, em 2024, e a COP30 sobre mudança do clima, em 2025. “O diálogo com o futuro já começou”, concluem os autores.
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[Foto: Chris Lawton/Unsplash]