Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas têm o potencial de mitigar entre 4,1 e 6,5 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente até 2030. O órgão da ONU também afirma que a conservação florestal, o manejo sustentável e as práticas de restauração podem responder por até 30% das medidas de mitigação disponíveis na próxima década.
Por isso, a restauração florestal se apresenta como uma ferramenta essencial para responder à crise climática. E o Brasil, com seu conhecimento em modelos diversos de reflorestamento, como sistemas agroflorestais e silvicultura de espécies nativas, pode contribuir com essa remoção de carbono da atmosfera.
No entanto, é preciso atuar pelo desenvolvimento de um cenário que favoreça e impulsione a realização dessa atividade em larga escala.
A publicação “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil”, lançada no Brazil Climate Summit, evento paralelo à Climate Week de Nova York, em setembro de 2024, avalia justamente os necessários avanços no ambiente institucional, de forma que a restauração se transforme em uma agenda robusta e atraente para investimentos.
A obra é resultado de discussões do encontro do setor empresarial em torno da restauração florestal no Brasil, com a participação de: Belterra, Biofílica, Biomas, EB Capital, IPÊ, Itaú, Itaúsa, Leste, Maraé, Marfrig, Mombak, Pátria, Rabobank, re.green, Safra, Santander, Suzano, Symbiosis, UBS e Vale.
Roberto Waack e Vinicius Ahmar foram os responsáveis pela coordenação do documento, que contou, ainda, com o apoio do Instituto Arapyaú e André Luiz Ferreira, consultor do mesmo instituto. O conteúdo é bilingue, em português e em inglês.
As dimensões continentais e as condições climáticas, diversidade de espécies e conhecimento sobre atividades florestais tornam o Brasil capaz de ocupar a liderança em uma economia baseada em florestas sustentáveis e iniciativas de restauração, afirma a obra.
Para isso, é preciso avançar em temas como formação de mercado, governança, padronização de operações, aspectos fiscais e tributários, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e advocacy, sempre promovendo a cooperação com políticas públicas e em consonância com as ambições climáticas assumidas pelo Brasil. A publicação aborda as principais questões e oportunidades e a forma pela qual o setor privado pode contribuir em cada uma delas.
Acesse a publicação “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil” aqui.
Além desse documento, também foi lançada, na Climate Week, a publicação “Uma Contribuição para o Reflorestamento com Espécies Nativas no Brasil” (saiba mais aqui).
O jornal Valor Econômico publicou matéria falando do lançamento das duas obras.
[Foto: Agência Brasil]