A restauração florestal não deve ser negligenciada – pelo contrário, todos precisam estar nesse barco, pois essa atividade é um instrumento poderoso do qual a humanidade não pode prescindir para enfrentar a realidade climática. É o que afirmam, em artigo publicado no Environmental Finance (em inglês, no dia 17 de setembro de 2024) e no jornal Valor Econômico (em português, no dia 18), os especialistas Armínio Fraga, sócio-fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central do Brasil; Candido Bracher, membro do Conselho de Administração do Itaú Unibanco; Joaquim Levy, diretor no Grupo Safra e ex-ministro da Fazenda do Brasil; e Roberto S. Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú.
Os autores comparam o atual cenário da crise do clima com a história de Moby Dick, em especial, os riscos sob os quais o capitão Ahab coloca a tripulação por um motivo pessoal. “Decisões errôneas, motivadas por visões limitadas, são capazes de colocar tudo a perder”, afirmam. “Em se tratando de clima, a sociedade global está no mesmo barco, e depende de um pacto cooperativo para não sucumbir às forças da natureza em um mar tormentoso.”
A restauração florestal faz parte de esforços adicionais e fundamentais, pois contribui para regenerar os ecossistemas, que funcionam como importante sorvedouro de carbono, além de trazer outros benefícios e serviços ambientais.
Assim, o texto explica alguns dos desafios da restauração, como a mensuração do carbono removido. Mas destaca que a crescente demanda por restauração por parte de empresas e governos mostra que essa agenda avança, e que “há, portanto, apetite para tornar a restauração florestal uma classe de ativos, jogando o mercado a favor da proteção climática”.
Confira o artigo em português , no Valor Econômico, aqui.
Para ler o texto em inglês, publicado na Environmental Finance, acesse aqui.
[Foto: Erikaxxavier/Wikimedia Commons]