Izabella Teixeira, Marcello Brito, Francisco Gaetani, fellows do Instituto Arapyaú, e Roberto Waack, presidente do Conselho do instituto, alertaram, em artigo publicado no jornal Valor Econômico no dia 6 de maio de 2022, que a associação da “marca” Amazônia ao desmatamento, à corrupção e à falta de governança afasta investidores e mercados.
Segundo os autores, “se a bioeconomia é uma trajetória para o país, e principalmente para a Amazônia, será preciso começar pelo básico, pelo retrato do que é a Amazônia 1.0, isto é, a realidade da qual se parte”. Os desafios relacionados à logística, à falta de conectividade e à violência estão entre as questões que precisam ser priorizadas.
Um exemplo de desafio de logística é dado logo no início do texto, com a cadeia do cupuaçu. Mesmo o fruto sendo muito encontrado no estado do Pará, uma das maiores distribuidoras de polpa de frutas de Belém precisa comprar a manteiga de cupuaçu da Bahia, a mais de 1.500 quilômetros de distância, para poder fornecê-la para a indústria têxtil e alimentícia. Para os autores, isso dá uma dimensão do desafio que ainda existe para se construir uma economia baseada nos recursos da natureza.
O artigo aborda o potencial e também os obstáculos que ainda existem em relação ao desenvolvimento de uma bioeconomia da Amazônia, lembrando que há espaço para todos, desde os que produzem castanhas até os que atuam com inteligência artificial e outras tecnologias da Amazônia 4.0, lembram os autores. Por isso, a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia construiu uma visão sistêmica e mais aberta de bioeconomia, pois é a partir de uma visão mais abrangente que será possível promover um desenvolvimento sustentável na região.
Os autores discutem a importância de se olhar com atenção os riscos que envolvem os investimentos. “Na nossa visão, a atração de investimentos capazes de promover negócios em grande escala depende, antes de mais nada, de uma governança socioambiental regional.
Leia o artigo completo no site do Valor Econômico.
[Foto: TV Brasil]