Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, Roberto Waack explicou sobre a necessidade e a importância de se abraçar a complexidade e a diversidade da Amazônia e como a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia levou essa visão para a COP 26, a Conferência do Clima realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro.
A Concertação “tem sido um mergulho coletivo na Amazônia”, escreve Roberto, “sorvendo ambiguidades, dando de ombro a incertezas, abraçando a complexidade”. Para participar da iniciativa, que busca discutir esse território a partir de experiências da sociedade civil, empresas, governos e indivíduos, basta “se interessar pela(s) Amazônia(s”).
“A Amazônia precisa passar a fazer parte da identidade brasileira, ter políticas públicas que contemplem sua relevância para o país e para o mundo, ser cuidada como um patrimônio único para a humanidade, absolutamente conectada com as recentes discussões sobre urgência climática, portanto, geopoliticamente central.”
Nesse cenário, não se pode esquecer, ainda, das dimensões culturais e sociais da região, composta de saberes únicos e arte exuberante. Roberto também destaca que, ao se falar em um modelo de desenvolvimento para a Amazônia, é preciso partir do princípio de que a definição de desenvolvimento precisa ser revisitada.
Roberto também faz um balanço, no artigo, do que a COP representou para as atividades econômicas, para a conservação das florestas e para os povos indígenas e tradicionais da Amazônia. “Não há como atingir as metas de 1,5°C sem a Amazônia. Não há como considerar nada para as Amazônias sem os povos indígenas.”
Destacou, ainda, a forte participação da sociedade civil brasileira na Conferência do Clima, sinalizando que “o protagonismo do Brasil no campo da urgência climática não ruiu totalmente”.
[Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará/Fotos Públicas]