Ana Yang, diretora executiva da Chatham House Sustainability Accelerator, Ana Toni, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Roberto Waack, membro dos conselhos do Instituto Arapyaú e da Marfrig, e Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do Brasil, assinam um research paper intitulado “Rethinking the Brazilian Amazon – Sustainable developement for a thriving future”, publicado pela Chatham House.
O paper aborda os principais desafios da Amazônia brasileira e as soluções para eles; como a comunidade internacional pode ajudar; e as áreas prioritárias para engajamento internacional. A elaboração desse documento é o resultado de uma série de diálogos realizados pela Chatham House com stakeholders da região amazônica e internacionais. As contribuições colhidas ajudaram na exploração aprofundada da diversidade de opiniões sobre a região e possibilitaram as recomendações abarcadas pelo documento.
O texto lembra que, embora a Amazônia brasileira seja símbolo de riqueza natural e cultural, vastas áreas de florestas são destruídas a cada ano, trazendo o risco de a região se tornar uma savana degradada.
A Amazônia poderia ser o foco de uma rica bioeconomia, mas para que isso aconteça, é preciso um planejamento do uso da terra que reflita as prioridades da sociedade brasileira – que é diversa – e promova o equilíbrio de objetivos ambientais, sociais e econômicos. A participação ativa de povos tradicionais e originários na elaboração das soluções também é importante.
Segundo o documento, a implementação de planos ambiciosos para a Amazônia é prejudicada pela falta de coordenação do governo a nível nacional e pelo enfraquecimento de instituições públicas.
Em uma estratégia para a Amazônia, é preciso reconhecer a complexidade da região, e uma agenda internacional para promover a conservação da floresta e de sua biodiversidade, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e adaptar aos impactos das mudanças climáticas, precisa ser feita em parceria com o povo brasileiro.
[Foto: Nareeta Martin/Unsplash]