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O que fazer quando só a incerteza é certa?

por | 28/11/2020 | Amazônia

Na estreia da minissérie “Como fazemos nossas cabeças”, do programa de podcasts SpinCast, Roberto S. Waack foi entrevistado por Zeca Martins, em uma conversa que teve como tema “O que fazer quando só a incerteza é certa?”. “Waack fala sobre as incertezas estruturais crescentes que não nos permitem planejamento preciso e cobram alta capacidade adaptativa. A fala é sobre a navegação pela vida e pelos negócios nesses tempos incertos”, diz a introdução do programa.

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Tendo a Amazônia e o meio ambiente como norte, os dois conversam sobre uma série de questões, como a construção de uma relação melhor entre o capital natural e a sociedade com um todo, a importância da diversidade de vozes e do diálogo para a construção de uma visão de longo prazo convergente e sobre democracia. Roberto ressaltou que a racionalidade técnica é importante, mas não resolve tudo sozinha; é preciso incluir também a arte, a cultura e a sensibilidade das pessoas nesses debates.

Segundo Roberto, “poucos países têm a oportunidade de equilibrar a convivência com o capital natural como o Brasil”. Para ele, é preciso pensar qual é o modelo de relacionamento que se quer ter como país com esse patrimônio. Iniciativas como o “Uma Concertação pela Amazônia” é justamente conversar mais sobre isso, convivendo com as diferentes visões. “A iniciativa não acredita que se possa ter uma visão única para a Amazônia, mas as diferentes visões e perspectivas em conjunto vão construir o caminho para a Amazônia. É preciso ter oportunidade de ouvir essa multiplicidade de visões na relação da atividade humana com o capital natural.”

Também foram abordadas a criação da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e a reparação e recuperação relacionadas ao Rio Doce.

[Foto: Dalton Touchberry/Unsplash]

 

ROBERTO S. WAACK

É membro dos conselhos da Marfrig, Wise Plásticos, WWF Brasil, Instituto Ethos, Instituto Ipê e Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres). Tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas. Foi CEO da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação do desastre de Mariana (MG), co-fundador e CEO da Amata S.A. e CEO da Orsa Florestal, além de diretor da Boehringer Ingelheim e Vallée. S.A. É cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuação profissional com concentração em governança, planejamento e gestão estratégica, gestão tecnológica&inovação e sustentabilidade. Formado em biologia e mestre em administração de empresas pela USP.

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